sábado, 16 de outubro de 2010

Programa do governo ajuda jovens a conseguirem o primeiro emprego

Natalia foi efetivada graças ao programa Jovem Cidadão

Ao iniciar a busca do primeiro emprego, o jovem brasileiro se depara com uma difícil realidade. O mercado de trabalho, que está cada dia mais concorrido e exigente, quase sempre procura pessoas com experiência e boa qualificação profissional, atributos que um cidadão que busca sua primeira oportunidade, geralmente não possui. Todas essas exigências dificultam o ingresso do jovem no mercado de trabalho.

Para diminuir a taxa de desemprego e aumentar as expectativas de quem procura a primeira oportunidade, o governo criou programas que ajudam o jovem a iniciar sua carreira profissional e, ao mesmo tempo, incentivar os estudos. O Programa Jovem Cidadão é o exemplo de uma iniciativa que deu certo.

Esse é um programa social instituído pelo Governo do Estado de São Paulo e coordenado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), que visa oferecer ao jovem a primeira oportunidade no mercado de trabalho. O Programa Jovem cidadão conta com a parceria de diversas empresas que desejam colaborar e mudar as estatísticas de desemprego entre essa parcela da sociedade.

A consultora comercial Sheila Franzoti afirma que o Programa pode proporcionar benefícios que serão importantes durante toda a carreira do jovem. “Com o Programa Jovem Cidadão é possível se colocar no mercado de trabalho, aprender sobre diversas áreas, processos, assumir responsabilidades e, até mesmo, ajudar na escolha de sua formação acadêmica.”

Sheila diz que sua empresa optou por participar dessa iniciativa por acreditar que seria importante dar oportunidade àqueles que ainda não ingressaram no mercado de trabalho. “O nosso intuito era realmente ensinar, trocar conhecimento e formar futuros talentos.” Ela diz que o processo de seleção também é muito eficiente e rápido e a incentivou a aderir ao Programa. “Definimos a localidade e o básico de conhecimento que o candidato precisava ter. Rapidamente agendaram as entrevistas para fazermos a seleção.”

A assistente comercial Natalia Saraiva participou do Programa Jovem cidadão e até hoje colhe os frutos dessa iniciativa. “Fui selecionada como estagiária e logo depois veio a efetivação. Estou há três anos na empresa e tive a oportunidade de crescer profissionalmente.”

Natalia afirma que o Programa do Governo do Estado de São Paulo significou um grande avanço para sua vida em todos os sentidos. “Ganhei experiência, pude ter o meu próprio salário, passei a ter mais responsabilidade e aprendi um pouco de cada função dentro da empresa.” A assistente comercial recomenda e acha importante participar do Programa. “O jovem tem a oportunidade de adquirir a tão pedida experiência que o mercado de trabalho exige atualmente.”

Para participar do Programa Jovem Cidadão é necessário estar devidamente matriculado no ensino médio da rede pública estadual, ter entre 16 e 21 anos e morar em um dos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo. A inscrição deve ser feita através do site www.meuprimeirotrabalho.sp.gov.br.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Festivais de curta-metragem revelam novos talentos e promovem a inclusão social


Chegada do cinema na periferia ajuda a combater a violência

Viviane Saraiva

Não é de hoje que a imagem e a produção cinematográfica atrai milhões de pessoas em todo o mundo. Com a invenção dos irmãos Lumière, em 1895, na França, o cinema foi criado e se torna cada dia mais popular e acessível ao público em geral. O curta-metragem foi o primeiro formato de filme produzido, porém ainda é um gênero que conquista cada vez mais espaço nos festivais em todo o mundo.

No Brasil, os primeiros curtas surgiram na década de 20, conduzidos por diretores como Eduardo Abelim, Ary Severo, Jota Soares e Luiz de Barros. Na década de 1930, o nome que mais se destacou foi o de Humberto Mauro. Sua primeira produção, em 1925, foi Valadião, o cratera, com a colaboração de seu amigo e fotógrafo italiano Pedro Cornello. Desde então, a produção de curtas-metragens se desenvolve a cada dia.

Com o surgimento dos festivais, os curtas-metragens ganharam mais admiradores. Sendo assim, a produção desses filmes se destaca atualmente em todas as classes sociais e faixas etárias. Com o intuito de incentivar seus alunos à criação de curtas-metragens, a Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, promove desde 2007 o Festival 2 Minutos de Áudio e Vídeo.

O estudante de Rádio e TV Willian Falquetti foi o ganhador do último festival realizado pela Universidade, em 2009. Ele venceu com o vídeo Interrogação e considera importante a participação em festivais para expor seu trabalho. “A visibilidade é sempre bem vinda para quem quer seguir essa carreira e, mesmo que não seja o vencedor, o simples fato de ter tentado é uma grande experiência profissional.”

Falquetti afirma que ainda quer concorrer e mostrar seu trabalho em outros eventos de áudio e vídeo. “Ainda quero participar de festivais, por enquanto de curtas, mas futuramente de longas-metragens também.” O estudante diz ainda, como foi esperar pelo resultado. “A sensação é inquietante, pois ficar naquela espera dá dor de cabeça, mas ganhar um prêmio, não importa qual seja, é uma felicidade quase indescritível.”

Cinema na favela

O projeto Cine Favela é um exemplo de que a sétima arte pode e está presente também na periferia. Criado em 2004, com a finalidade de promover a inclusão sociocultural de jovens carentes, o projeto desenvolve oficinas e exibições semanais de curtas e longas-metragens nacionais na comunidade de Heliópolis, Zona Sul da capital paulista. Além disso, é realizado anualmente um festival de cinema que, em 2010, chegou à sua 5ª edição, com o patrocínio da Petrobrás e co-realização do SESC-SP.

O projeto tem, desde 2009, a direção de Daniel Gaggini, responsável pela reestruturação do Cine Favela que, a partir deste ano, será Ponto de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, e até 2012 tem orçamento garantido para desenvolver atividades ligadas ao cinema.

Para o Gaggini, este projeto é importante para a comunidade. “Qualquer atividade cultural tem o poder de incluir e ocupar um indivíduo. Em consequência disso, a arte tem a capacidade de reduzir o tráfico e a violência onde é praticada.” Sobre como ganhar um festival, Gaggini acredita que alguns requisitos são relevantes. “Ser criativo, usar uma linguagem acessível a todos e conseguir passar a ideia principal no vídeo torna o participante um forte candidato ao pódio.”

Biometria ganha cada vez mais espaço na segurança *

Viviane Saraiva

Biometria é a tecnologia que utiliza a leitura de algumas partes do corpo como olhos, digitais, faces e mãos, para identificar um indivíduo. Como determinadas características dos seres humanos são únicas, a leitura biométrica é considerada cada vez mais eficiente e segura. Geralmente, esse método é utilizado em locais onde se prioriza uma identificação ágil e precisa.

A leitura biométrica de impressão digital é a mais utilizada atualmente. Trata-se da captura de sulcos da pele dos dedos e da palma das mãos que possuem divisões que variam de pessoa para pessoa. Isto pode ser identificado através de três tipos de tecnologia: óptica, que utiliza um feixe de luz para ler a impressão digital; capacitiva, que mede a temperatura e ultra-sônica, que mapeia as digitais por meio de sinais sonoros.

Os lugares que mais usufruem desta tecnologia são aqueles que estão ligados à segurança de áreas restritas ou recursos mais específicos como entrada de condomínios, marcação de ponto de empresas, ativação de computadores, fechadura de veículos e acionamento de softwares. Para garantir a segurança do voto, a Justiça Eleitoral brasileira implantará a partir desse ano, as urnas biométricas nas eleições. Inicialmente, 61 municípios testarão a nova tecnologia.

Para o diretor de desenvolvimento de sistemas da Digital Up, Davi Crystal, a implantação da biometria digital nas eleições pode aperfeiçoar o processo de voto. “Um ponto positivo é a redução das possibilidades de fraude, pois a leitura necessita da presença física do indivíduo e, dificilmente, pode-se driblar o sistema para passar-se como outra pessoa.” Porém, Davi ressalta que algumas falhas podem prejudicar esta eficácia. “Como todos os sistemas tecnológicos, este também pode apresentar problemas. É possível algum equipamento confundir a leitura e alguém se apropriar da identidade alheia.”

Já o analista de sistemas Ricardo Baptista não concorda com a implantação da biometria nas eleições. “Não vejo vantagens em usar este método nesta ocasião devido aos elevados custos para o cadastramento e manutenção das informações armazenadas.” Baptista acredita ainda que a quantidade de dados e eleitores pode alterar o horário das eleições. “Esse volume de digitais pode causar lentidão no sistema de identificação e atrasar a consideravelmente a votação.”

*Matéria publicada no Jornal Expressão da Universidade São Judas Tadeu. Maio/2010