sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Desabafo


E mais uma vez eu levo um empurrão da vida! Como quem não queria nada, ela chegou, gritou comigo, me deu um tapa e me mandou sair. Ela disse que minha missão ali já tinha acabado e que eu precisava de novos desafios. Ok, obedeci!  Mas precisava ser assim, vida?!

Eu sei que as coisas nunca foram fáceis pra mim e com cada empurrão que a vida me dá, eu aprendo mais a dar valor à minha família, aos meus amigos verdadeiros e aos animais. Aprendo que, para se dar bem neste mundo, é preciso muito mais que ser honesto, inteligente, capaz e responsável. É necessário que se deixe corromper, que se envolva na corja ou no ninho de cobras que te cerca. Só assim seremos vistos como pessoas carismáticas, simpáticas e capazes, embora não façamos nada que acrescente. É isso o que vejo!

Hoje, os valores mudaram! Já não se cresce profissionalmente apenas por competência e por esforço, salvo raras exceções. O que mais se vê são pessoas incompetentes assumindo cargos que não lhes são dados por merecimento, mas sim porque têm “costas quentes” , porque um familiar era amigo do “manda chuva” ou simplesmente por gratidão. E o que não poderia deixar de citar é o puxa-saquismo. Isto tem em todo lugar, e os que bajuladores são, em sua maioria, protegidos com espada e escudo.

Eu aprendi que poucas pessoas vão te valorizar pelo que você realmente faz e pelo seu bom comportamento. Pra quê, né? Se os mais divertidos são aqueles que chegam atrasados na entrada ou na hora do almoço porque foram a um almoço executivo, que falam palavrão o tempo todo, que dão mole ou riem das piadas sem graça do chefe e que duvidam da sexualidade da diretoria!

Embora eu já tenha presenciado tudo isso e saiba do que é preciso para se dar bem, não vou mudar. Jamais teria estas atitudes, uma vez que nada disso faz parte da minha índole, da minha educação e dos meus princípios profissionais e familiares. Serei como sou e quem me conhece sabe como sou! Não gosto de atitudes erradas, nem de mau caráter! Prefiro seguir sempre pelo lado do bem e ser verdadeira, fazendo o que deve ser feito. Prefiro ser extrovertida, engraçada e amiga sem ser libertina. Afinal, tudo tem sua hora!
Acredito que, embora seja difícil, ainda existem pessoas que valorizam as qualidades de um bom profissional.  Responsabilidade, disciplina, pontualidade, organização e educação são essenciais para que se possa desenvolver um bom trabalho e disso não se abre mão. Foi o que aprendi!

Sou grata á vida, pois ela nunca me deixou na mão e com os empurrões e tapas que ela me deu várias lições! A última delas foi a que quando uma cobra abana muito o rabo para você para mostrar o chocalho, é porque ela está esperando a hora certa de te dar um bote!
Sem mais!

domingo, 25 de março de 2012

Permita-se!

Por Viviane Saraiva


A correria e o estresse do dia a dia nos tornam cada vez mais intolerantes, indiferentes e propícios a atitudes que prejudicam o nosso relacionamento em âmbito profissional, pessoal, social e nas ocasiões onde precisamos ter uma postura um pouco mais flexível e/ou manter o bom humor.


Este comportamento é comum e faz com que deixemos de observar pequenos detalhes que a vida nos mostra a todo momento. Outro dia estava no metrô em São Paulo e fiquei observando as pessoas. Vi que a maioria delas estava distraída com o celular, com um fone de ouvido, um livro ou um tablet. Elas não se olhavam, não se cumprimentavam, não se importavam com a senhora que estava de pé com a bengala na mão, tampouco com a criança que sorria para todos no colo da mãe e não era correspondida.


É preocupante perceber como o ser humano se torna cada dia mais frio e indiferente diante da vida. Acredito que a correria do dia a dia, o avanço da tecnologia e seu acesso cada dia mais fácil contribuem para que isso fique ainda mais evidente nas grandes metrópoles mundiais. Porém, isso ainda tem solução e cada um pode fazer a sua parte nos ambientes em que convive.


Precisamos resgatar a nossa sensibilidade humana, nos importar mais com o próximo e fazer o possível para vivermos de bem com a vida e com a sociedade. Vamos parar de pensar que o problema dos outros é só “dos outros” e tentar colaborar. Eu tenho um lema para designar o que se pode fazer para ser feliz e ter um bom relacionamento pessoal e interpessoal, este lema é: Permita-se!


Permita-se conhecer as pessoas antes de ter o seu conceito sobre elas. Permita-se fazer a diferença na sua vida e na vida de alguém. Permita-se sorrir e chorar. Permita-se amar e ser amado. Permita-se dançar. Permita-se enxergar o que acontece ao seu redor. Permita-se ajudar e ser ajudado. Permita-se apaixonar-se. Permita-se ser amigo e ter amigos. Permita-se viver...Permita-se! A vida é curta demais para vivê-la friamente.


Qual é a sua, destino?

Por Viviane Saraiva


Eu teria tudo para estar feliz hoje e estou, mas não completamente. Sinto que falta alguma coisa e sei o que é, mas não sou capaz de mudar isso. O meu destino sempre me empurrou para onde ele quis. Poucas foram as vezes que eu tive opção de escolha na minha vida. Uma delas foi a faculdade. Eu fiz o que eu quis e não me arrependo, mas não sei se foi a escolha certa. Baseada no que o meu destino prepara para mim todas as vezes que eu penso em mudar completamente a minha vida profissional, eu diria que não. Quando estou determinada a encontrar algo na área que decidi estudar, vem o destino e me empurra. Eu sinto aos mãos dele nas minhas costas me forçando a ir por onde ele acha correto, embora eu lute contra e tente me soltar daquelas mãos, acabo cedendo.


Tudo acontece muito rápido. Tão rápido que eu não tenho tempo de pensar. Simplesmente aceito e sigo em frente. Não vejo alternativas. O outro lado não me ajuda, não colabora para que eu ignore o tal de destino e siga o meu coração e a minha vocação. Preciso trabalhar e vou, mesmo não sendo o que eu sempre sonhei para mim. Me sinto fraca perante a força deste que insiste em me levar para onde ele acha que é conveniente. Preciso de socorro. Preciso de alguém que me ajude a empurrar o destino e impor a minha própria vontade, porque sozinha está difícil. Porém, não encontro quem faça isso por mim. Promessas já ouvi muitas, mas promessas não nos levam a nada. Preciso de ação, disposição. De mangas arregaçadas.


Não, não pensem que estou triste com isso. O destino não é tão mau assim comigo. Todas as vezes em que ele me empurrou, me deu presentes em troca. Amigos inesquecíveis, conhecimento e experiências que levarei por toda a minha vida. Não sou tão ingrata a ponto de não reconhecer isso e sei que dessa vez não será diferente. E é isso que me deixa feliz. Quero deixar claro que não desisti ainda do meu sonho, por mais adverso que ele possa parecer. Acredito que a minha hora vai chegar. Vou jogar contra o destino num tabuleiro de xadrez e finalmente dizer a ele: Xeque-mate, baby! Pode acreditar!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Jornalismo e a minha decepção com o mercado de trabalho

Por Viviane Saraiva

Realmente às vezes é frustrante ver que as coisas não acontecem no tempo e da forma que planejamos. Quando temos objetivos na vida, o que queremos é que eles aconteçam logo, em curto prazo, quase imediatamente. O fato é que sempre existem obstáculos nesse trajeto, porém nem todos palpáveis ou compreensíveis, o que nos deixa ainda mais na dúvida sobre o que fazer para torná-los reais e finalmente encontrar uma felicidade durável no campo almejado.

Quando escolhi estudar Jornalismo, tinha certeza que era exatamente o que eu queria. Era a profissão para a qual eu estava disposta a me dedicar e seguir para o resto da vida. Sempre fui uma pessoa comunicativa, que ama ler, escrever e se relacionar com pessoas. Era a profissão perfeita para mim!

O que eu não sabia era que seria tão difícil segui-la. Eu não tinha noção de que o mercado de trabalho nessa área era tão concorrido e pequeno perante a tantos profissionais que se formam anualmente nessa área. E para ajudar, eis que o diploma não é mais uma obrigação para exercer a profissão. Legal, né?

O ponto mais complicado desse mercado tão competitivo é a exigência das empresas. Eles querem que sejamos fluentes em inglês, espanhol, francês e/ou mandarim. Além do mais, exigem experiência mínima de 6 meses a 1 ano na área de atuação, conhecimentos avançados do pacote Office a programas como InDesign, Ilustrator, Photoshop, Corel Draw, Dreamweaver e mais alguns que não me lembro agora. Ter feito intercâmbio é quase uma palavra-chave para que você desbanque todos os seus concorrentes e conquiste a vaga. Ah! E se você tiver um carro próprio então...meu querido, a vaga é sua!

Como eu terei experiência se não me dão sequer a oportunidade de adquiri-la? Como vou fazer um bom curso de idiomas, um intercâmbio ou comprar sequer uma bicicleta se eu não tiver um emprego? A não ser que eu fosse filha de um empresário, político, médico, de família judia ou algo assim, o que não é o caso.E a experiência dos quatro anos de faculdade? E os inúmeros trabalhos experimentais realizados em mídia impressa, televisão, rádio, assessoria de imprensa, livro-reportagem, pesquisas de campo, técnicas de textos...de nada valeram?

Outro quesito importante para que você consiga um emprego em qualquer área, mas principalmente na área de comunicação, é o tal do Q.I, vulgo Quem Indica. Basta ser apadrinhado por alguém influente da empresa para que tenha o seu lindo currículo entregue em “mãos quentes”, e receba a ligação para começar a trabalhar no dia seguinte com o salário X e benefício Y.

É muito triste e desanimador tudo isso que eu citei aqui, mas é a pura realidade. Quem já procurou um dia emprego na área de comunicação, sabe bem do que eu estou falando.

Não é gratificante passar quatro anos estudando e se dedicando a um curso de Jornalismo, que não é fácil, muito menos barato, e no final ter a sensação de que foi tudo em vão. Sair de casa às 6h00 da manhã, só voltar à meia-noite e meia. Passar boa parte das noites acordado para estudar ou fazer os trabalhos, dormir nos metrôs, trens e ônibus da vida no trajeto entre a casa e o trabalho ou entre o trabalho e a faculdade. Nada disso é viável para que no final não se tenha a ideia de que valeu a pena! Tudo bem que ganhamos o conhecimento, que é a única coisa que adquirimos e ninguém pode nos roubar, mas nem só de conhecimento vive o homem, meu caro!

Na verdade eu só queria desabafar e expor o que estou sentindo. Me formei no final do ano passado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo e trabalho na área administrativa. Até hoje não consegui uma oportunidade de emprego na área. Os processos seletivos os quais participei até hoje, além de convocarem 50 pessoas para concorrerem a uma única vaga, ainda fazem as exigências que eu citei no decorrer desse texto. Ainda não encontrei um Q.I. eficiente que pudesse me ajudar a conquistar uma vaga. Me considero uma boa profissional. Escrevo bem sobre os mais diversos assuntos, estudei numa boa universidade, não tenho medo de novos desafios, tenho força de vontade, facilidade de me relacionar e trabalhar em equipe e mais uma porção de coisas que o mercado também exige. Não, isso não é um merchandising, mas dizem que a propaganda é a alma do negócio, quem sabe funciona, né? (risos).

Se alguém aí puder me ajudar ou ser o meu Q.I. serei muito grata. Continuo nessa luta árdua contra o excesso de exigências do mercado. E assim eu sigo ainda acreditando que a minha hora vai chegar.

sábado, 13 de agosto de 2011

Essa tal felicidade

Às vezes fico pensando em qual será o caminho certo para a felicidade. Será ter o carro ou a casa dos sonhos? Ter muito dinheiro? Encontrar o amor verdadeiro? Ter o emprego perfeito? Formar uma família? Ter saúde?
Talvez alguém que esteja lendo isso pense: Se eu tivesse tudo isso seria feliz! Será? Na verdade acredito que a principal questão e o grande enigma da humanidade é: Onde está a felicidade?
Conheço muitas pessoas que aparentam ter tudo para serem felizes, todavia não são! Sempre falta alguma coisa e, muitas vezes, não se sabe identificar o quê. O fato é que o ser humano está sempre em busca de algo, quer sempre mais e a vida é curta para que encontremos a felicidade em sua plenitude. Logo, me vêm à mente algumas ideias do filósofo Arthur Schopenhauer, quando ele dizia, por exemplo, que o homem é movido por suas vontades, consequentemente não é feliz.
Segundo Schopenhauer, o ser humano está sempre em busca de satisfazer seus desejos, sendo assim, cada vontade realizada provoca outros anseios. Portanto, o homem nunca está feliz com aquilo que tem e quer sempre mais. Dessa forma, passa toda a sua existência à procura da felicidade plena e morre sem alcançá-la.
Sintetizando, a felicidade é um estado efêmero. Somos felizes durante alguns minutos, horas ou dias. Ao realizamos com êxito algo muito almejado ficamos felizes, até que um novo sonho ou vontade venha tomar conta de nós e passemos a viver em prol desse objetivo.
Portanto, vamos curtir nossos momentos felizes intensamente e aproveitar para comemorar cada instante de nossas vidas! Devemos sim correr atrás dos nossos ideais, senão a vida não tem graça nenhuma, já que o ser humano é movido a realizar sonhos. Só devemos ter a consciência de que a felicidade plena não existe e assim, vivermos cada segundo de alegria como se fosse o último, para que não morramos com a frustração de nunca termos sido absolutamente felizes.

sábado, 16 de outubro de 2010

Programa do governo ajuda jovens a conseguirem o primeiro emprego

Natalia foi efetivada graças ao programa Jovem Cidadão

Ao iniciar a busca do primeiro emprego, o jovem brasileiro se depara com uma difícil realidade. O mercado de trabalho, que está cada dia mais concorrido e exigente, quase sempre procura pessoas com experiência e boa qualificação profissional, atributos que um cidadão que busca sua primeira oportunidade, geralmente não possui. Todas essas exigências dificultam o ingresso do jovem no mercado de trabalho.

Para diminuir a taxa de desemprego e aumentar as expectativas de quem procura a primeira oportunidade, o governo criou programas que ajudam o jovem a iniciar sua carreira profissional e, ao mesmo tempo, incentivar os estudos. O Programa Jovem Cidadão é o exemplo de uma iniciativa que deu certo.

Esse é um programa social instituído pelo Governo do Estado de São Paulo e coordenado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), que visa oferecer ao jovem a primeira oportunidade no mercado de trabalho. O Programa Jovem cidadão conta com a parceria de diversas empresas que desejam colaborar e mudar as estatísticas de desemprego entre essa parcela da sociedade.

A consultora comercial Sheila Franzoti afirma que o Programa pode proporcionar benefícios que serão importantes durante toda a carreira do jovem. “Com o Programa Jovem Cidadão é possível se colocar no mercado de trabalho, aprender sobre diversas áreas, processos, assumir responsabilidades e, até mesmo, ajudar na escolha de sua formação acadêmica.”

Sheila diz que sua empresa optou por participar dessa iniciativa por acreditar que seria importante dar oportunidade àqueles que ainda não ingressaram no mercado de trabalho. “O nosso intuito era realmente ensinar, trocar conhecimento e formar futuros talentos.” Ela diz que o processo de seleção também é muito eficiente e rápido e a incentivou a aderir ao Programa. “Definimos a localidade e o básico de conhecimento que o candidato precisava ter. Rapidamente agendaram as entrevistas para fazermos a seleção.”

A assistente comercial Natalia Saraiva participou do Programa Jovem cidadão e até hoje colhe os frutos dessa iniciativa. “Fui selecionada como estagiária e logo depois veio a efetivação. Estou há três anos na empresa e tive a oportunidade de crescer profissionalmente.”

Natalia afirma que o Programa do Governo do Estado de São Paulo significou um grande avanço para sua vida em todos os sentidos. “Ganhei experiência, pude ter o meu próprio salário, passei a ter mais responsabilidade e aprendi um pouco de cada função dentro da empresa.” A assistente comercial recomenda e acha importante participar do Programa. “O jovem tem a oportunidade de adquirir a tão pedida experiência que o mercado de trabalho exige atualmente.”

Para participar do Programa Jovem Cidadão é necessário estar devidamente matriculado no ensino médio da rede pública estadual, ter entre 16 e 21 anos e morar em um dos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo. A inscrição deve ser feita através do site www.meuprimeirotrabalho.sp.gov.br.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Festivais de curta-metragem revelam novos talentos e promovem a inclusão social


Chegada do cinema na periferia ajuda a combater a violência

Viviane Saraiva

Não é de hoje que a imagem e a produção cinematográfica atrai milhões de pessoas em todo o mundo. Com a invenção dos irmãos Lumière, em 1895, na França, o cinema foi criado e se torna cada dia mais popular e acessível ao público em geral. O curta-metragem foi o primeiro formato de filme produzido, porém ainda é um gênero que conquista cada vez mais espaço nos festivais em todo o mundo.

No Brasil, os primeiros curtas surgiram na década de 20, conduzidos por diretores como Eduardo Abelim, Ary Severo, Jota Soares e Luiz de Barros. Na década de 1930, o nome que mais se destacou foi o de Humberto Mauro. Sua primeira produção, em 1925, foi Valadião, o cratera, com a colaboração de seu amigo e fotógrafo italiano Pedro Cornello. Desde então, a produção de curtas-metragens se desenvolve a cada dia.

Com o surgimento dos festivais, os curtas-metragens ganharam mais admiradores. Sendo assim, a produção desses filmes se destaca atualmente em todas as classes sociais e faixas etárias. Com o intuito de incentivar seus alunos à criação de curtas-metragens, a Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, promove desde 2007 o Festival 2 Minutos de Áudio e Vídeo.

O estudante de Rádio e TV Willian Falquetti foi o ganhador do último festival realizado pela Universidade, em 2009. Ele venceu com o vídeo Interrogação e considera importante a participação em festivais para expor seu trabalho. “A visibilidade é sempre bem vinda para quem quer seguir essa carreira e, mesmo que não seja o vencedor, o simples fato de ter tentado é uma grande experiência profissional.”

Falquetti afirma que ainda quer concorrer e mostrar seu trabalho em outros eventos de áudio e vídeo. “Ainda quero participar de festivais, por enquanto de curtas, mas futuramente de longas-metragens também.” O estudante diz ainda, como foi esperar pelo resultado. “A sensação é inquietante, pois ficar naquela espera dá dor de cabeça, mas ganhar um prêmio, não importa qual seja, é uma felicidade quase indescritível.”

Cinema na favela

O projeto Cine Favela é um exemplo de que a sétima arte pode e está presente também na periferia. Criado em 2004, com a finalidade de promover a inclusão sociocultural de jovens carentes, o projeto desenvolve oficinas e exibições semanais de curtas e longas-metragens nacionais na comunidade de Heliópolis, Zona Sul da capital paulista. Além disso, é realizado anualmente um festival de cinema que, em 2010, chegou à sua 5ª edição, com o patrocínio da Petrobrás e co-realização do SESC-SP.

O projeto tem, desde 2009, a direção de Daniel Gaggini, responsável pela reestruturação do Cine Favela que, a partir deste ano, será Ponto de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, e até 2012 tem orçamento garantido para desenvolver atividades ligadas ao cinema.

Para o Gaggini, este projeto é importante para a comunidade. “Qualquer atividade cultural tem o poder de incluir e ocupar um indivíduo. Em consequência disso, a arte tem a capacidade de reduzir o tráfico e a violência onde é praticada.” Sobre como ganhar um festival, Gaggini acredita que alguns requisitos são relevantes. “Ser criativo, usar uma linguagem acessível a todos e conseguir passar a ideia principal no vídeo torna o participante um forte candidato ao pódio.”