terça-feira, 22 de junho de 2010

Biometria ganha cada vez mais espaço na segurança *

Viviane Saraiva

Biometria é a tecnologia que utiliza a leitura de algumas partes do corpo como olhos, digitais, faces e mãos, para identificar um indivíduo. Como determinadas características dos seres humanos são únicas, a leitura biométrica é considerada cada vez mais eficiente e segura. Geralmente, esse método é utilizado em locais onde se prioriza uma identificação ágil e precisa.

A leitura biométrica de impressão digital é a mais utilizada atualmente. Trata-se da captura de sulcos da pele dos dedos e da palma das mãos que possuem divisões que variam de pessoa para pessoa. Isto pode ser identificado através de três tipos de tecnologia: óptica, que utiliza um feixe de luz para ler a impressão digital; capacitiva, que mede a temperatura e ultra-sônica, que mapeia as digitais por meio de sinais sonoros.

Os lugares que mais usufruem desta tecnologia são aqueles que estão ligados à segurança de áreas restritas ou recursos mais específicos como entrada de condomínios, marcação de ponto de empresas, ativação de computadores, fechadura de veículos e acionamento de softwares. Para garantir a segurança do voto, a Justiça Eleitoral brasileira implantará a partir desse ano, as urnas biométricas nas eleições. Inicialmente, 61 municípios testarão a nova tecnologia.

Para o diretor de desenvolvimento de sistemas da Digital Up, Davi Crystal, a implantação da biometria digital nas eleições pode aperfeiçoar o processo de voto. “Um ponto positivo é a redução das possibilidades de fraude, pois a leitura necessita da presença física do indivíduo e, dificilmente, pode-se driblar o sistema para passar-se como outra pessoa.” Porém, Davi ressalta que algumas falhas podem prejudicar esta eficácia. “Como todos os sistemas tecnológicos, este também pode apresentar problemas. É possível algum equipamento confundir a leitura e alguém se apropriar da identidade alheia.”

Já o analista de sistemas Ricardo Baptista não concorda com a implantação da biometria nas eleições. “Não vejo vantagens em usar este método nesta ocasião devido aos elevados custos para o cadastramento e manutenção das informações armazenadas.” Baptista acredita ainda que a quantidade de dados e eleitores pode alterar o horário das eleições. “Esse volume de digitais pode causar lentidão no sistema de identificação e atrasar a consideravelmente a votação.”

*Matéria publicada no Jornal Expressão da Universidade São Judas Tadeu. Maio/2010

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